A Força de Ser Doce

Como todos vocês já sabem – até porque está no meu minicurrículo de apresentação –, estou concluindo uma pós-graduação em Direito Penal e Criminologia, com trabalho de conclusão entregue na semana passada. Agora só estou aguardando a nota… Ufaaaaa! 

A necessidade inicial desse estudo surgiu após alterações vindas na legislação tributária. Acabei tratando de neurociência e criminologia, no final… 

Em meio à especialidade que vivemos hoje, com limitações de circulação e bandeiras, e em recuperação de uma cirurgia de joelho, feita em março deste ano, aproveitei o tempo mais livre para desenvolver meus estudos. Acabei revisitando e tendo acesso a matérias anteriormente não vistas. Ao mesmo tempo, tive a sorte de ver pessoas como meu querido professor, colega e amigo, Dr. Jader Marques, por sua Escola de Criminalistas, fazendo um projeto denominado “Trem das Onze”. Todas as manhãs, às 11h, assistíamos e debatíamos temas diversos ligados ao Direito Criminal, tendo tido a oportunidade de participar, inclusive, passando um pouco da minha experiência para os colegas, em um deles. 


Dentre todos os temas que me chamaram a atenção, o estudo do crime como ciência em si, desde as cadeiras da faculdade, influenciado não só pelo Dr. Jader, mas por professores do quilate do Dr. Alexandre Wunderlich e do Dr. Marcelo Bertolucci, acabou mais instigado, despertando a necessidade do estudo também da psicologia. Tal interesse atingiu seu ápice com um texto lido e debatido em uma das edições do “Trem das Onze”, de autoria da colega advogada, escritora e poeta Paula Maroto Schwanm, cujo resumo consiste no título deste, qual seja, A FORÇA DE SER DOCE. 

Discorrendo sobre o assunto, Paula trata da doçura do ser, da mulher, da mãe e da possível perda dessa doçura frente aos acontecimentos do dia a dia, que demandam força. Essa discussão, hoje, quando pensava sobre o que escrever a respeito da minha avozinha, cuja homenagem vem do fato de ela ter completado 91 anos de vida no último dia 30, me veio à cabeça. 

A D. Jovita sempre foi uma senhora amável. Porém firme, de opinião, forte em suas posições, posturas e condutas. O QUE É O CERTO É O CERTO. Ponto! Apesar de ter estudado até a quinta série, por limitações locais, sabe de tudo e aprende de tudo. Lúcida e inteligente até hoje, com a graça de Deus. 

Viúva desde antes de completar cinquenta anos, e com seis filhos, ajudou na criação de todos os netos. São mais de quinze, já contando com os bisnetos. O último nasce daqui uns dias… 

A D. Jovita, com braço forte e pulso firme, mantém as rédeas da família. Contudo, ninguém percebe essas rédeas, esse pulso. O que vemos na D. Jovita é só doçura. Uma vez perguntada sobre como ela conseguia ser assim, ela respondeu que sempre foi muito amada. Até hoje… Parabéns, vovó! 


Até a próxima!