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Após quase 100 dias de hospital, uma nova etapa de gratidão e amor à vida

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Série ‘Um 2021 Especial’: Almir Barella venceu uma luta complexa e repleta de altos e baixos contra a COVID-19. Hoje, aos 64 anos, comemora sua maior vitória de 2021: estar vivo e saudável

Fotos: arquivo pessoal

Um homem simples, trabalhador, amoroso e cuidadoso. Assim é descrito seu Almir Barella, hoje com 64 anos. Em março, no momento mais severo da pandemia no Brasil, o agricultor precisou ser internado para tratar a COVID-19. As perspectivas não eram boas, tendo em vista que já havia sofrido um enfarte há alguns anos. Em pouco tempo, seu quadro ficou mais severo, sendo necessária a tão temida intubação. A decisão foi tomada de forma solitária, a fim de evitar o sofrimento dos familiares. “Eu não vou partir, eu vou lutar e vencer”, disse aos médicos.

O relato é feito pela sobrinha Karla Ingrid Machado Crespin, que acompanhou de perto a luta conturbada do tio. No total, foram 98 dias de internação, ainda precisando lidar com a perda de familiares para o vírus. Sua mãe Hermínia, de 89 anos, que morava com Almir, não resistiu às complicações da doença.

O primeiro grande acontecimento do tratamento de Almir foi após 43 dias de internação, quando recebeu alta para o quarto e pode reencontrar sua família. A previsão era de alta para logo e o agricultor esperava ansioso para comemorar o seu aniversário, no dia 12/05, em casa. “Ele dizia: ‘se tudo der certo quero que vocês venham cantar parabéns para mim em casa, não quero festa, pois o melhor presente já recebi: estar vivo’”, conta a sobrinha. Entretanto, a luta não estava encerrada. Enfraquecido e com apenas 25% da capacidade pulmonar, seu Almir precisou passar por uma cirurgia de remoção de pedras no canal urinário. Após o procedimento, foi acometido por uma bactéria hospitalar, diante de seu delicado estado de saúde.

A infecção veio acompanhada de febre, complicações respiratórias e cardíacas, que o levaram novamente para a UTI. “O hospital contatou a família para falar sobre sua situação clínica, dessa vez ainda pior. Nas palavras do médico intensivista: ‘se antes a situação era grave, agora é gravíssima ao cubo. Vocês devem se unir e rezar, pois só um milagre poderá salvá-lo”, recorda a sobrinha.

Mesmo com exames indicando o pior e com paradas cardíacas de oito minutos, a família se agarrou às últimas esperanças que restavam. “Fomos fortes. Rezamos muito e nos unimos como nunca. Também tivemos muitas orações de vizinhos, amigos e parentes”, recorda Karla. E foi agarrado nessa rede de amor e fé, aliado à sede de viver, que seu Almir conseguiu vencer mais esse desafio. Após o último susto de uma intercorrência em sua traqueostomia, que o fez retornar por dois dias à UTI, o agricultor finalmente recebeu alta do hospital em junho, após 98 dias de internação.
Com três filhos, três netos, sobrinhos, vizinhos e amigos queridos à sua espera, seu Almir hoje comemora a oportunidade de viver. Foram meses de reabilitação para que pudesse voltar a comer e caminhar. Mas se tem algo que seu Almir jamais desaprendeu e jamais irá desaprender é a sorrir.

“A nossa eterna gratidão à equipe médica, enfermeiros, equipe do Melhor em Casa [da secretaria da Saúde], dos vizinhos, amigos e dos meios de comunicação que nos oportunizaram contar essa história. E também precisamos agradecer a Deus. Mesmo nos momentos mais difíceis, quando as chances eram arrancadas de nossas mãos, tivemos fé e esperança que Deus estava conosco”, finaliza a sobrinha.