Caso Caroline Ducati: réu pega 15 anos de prisão
Depois de mais de oito horas de julgamento no Tribunal do Júri de Garibaldi, o juiz Gérson Martins da Silva pronunciou a sentença de Alexandre Augusto Kuling de Bragança Soares de Souza, 33 anos. Ele foi condenado a 15 anos de prisão, a serem cumpridos em regime fechado no Presídio Estadual de Bento Gonçalves. Esse foi o segundo julgamento do caso. No primeiro Júri, Carioca havia sido condenado com a mesma sentença. O desfecho do caso ocorreu quase 10 anos depois da morte da jovem bento-gonçalvense Caroline Ducati, assassinada a facadas aos 23 anos de idade.
De acordo com o promotor de justiça, Paulo Manjabosco, a pena aplicada já era imaginada. Segundo ele, a linha de acusação se baseou em laudo Instituto Psiquiátrico Forense (IPF) que apontava que réu tinha condições plenas de evitar o que aconteceu e que possuía plena consciência de seu estado psíquico ao assumir o risco quando ingeriu bebida alcóolica, medicamentos e consumo de entorpecentes.
Foram ouvidas três testemunhas durante o julgamento. Todas eram médicos que atenderam o acusado após o crime e acompanharam seu tratamento psicológico. O ponto mais debatido durante os testemunhos foi o uso de Ritalina, um medicamento de uso controlado, nos momentos que antecederam o assassinato. Segundo os médicos, a substância poderia desencadear um surto psicótico, tese esta que foi veementemente sustentada pela defesa. Na metade final do julgamento, a tônica das discussões permaneceu em torno das questões psíquicas do acusado. Enquanto a defesa procurava provar que o réu não estava em condições de ser responsabilizado pelos seus atos, a acusação tentava convencer os jurados de que Souza não estava em surto psicótico ou que esse não teria influência no crime.
O crime
Caroline Ducati foi morta pelo então namorado após uma discussão do casal no dia 15 de setembro de 2005, no apartamento do réu, no centro de Garibaldi. A vítima apresentava marcas de facada por todo o corpo, inclusive nas mãos, demonstrando que ela tentou, em vão, se defender. O assassinato foi descoberto após os moradores do andar de baixo perceberem sangue escorrendo por um dos lustres. Os policiais arrombaram a porta e encontraram Caroline já sem vida. O réu estava deitado junto ao corpo, com os pulsos e parte de um dos braços cortados.
Reportagem: Jonathan Zanotto
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