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Como funciona a transferência de pacientes de UTI?

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Desde o início da pandemia do novo Coronavírus, a transferência de pacientes de Bento Gonçalves para outros hospitais da região e do Estado tem gerado uma série de dúvidas. Isso porque, ao longo dos últimos três meses, o Hospital Tacchini aumentou sua capacidade de leitos de UTI para internados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), passando de 13 para 23 (10 exclusivos para a COVID-19). Mesmo assim, algumas pessoas precisam ser transferidas para tratamento em outros hospitais, devido à condição de lotação já registrada em diversos momentos da pandemia. De acordo com dados do próprio hospital, 20 pacientes de Bento com COVID-19 morreram nas dependências do Tacchini. Os outros 19 óbitos contabilizados no município foram registrados na UPA 24h ou em hospitais de outras cidades gaúchas. 

De acordo com a enfermeira Gestora do Núcleo Regulatório, Caroline Jaskowiak, a transferência de pacientes SUS é controlada pela Central de Regulação estadual. “Quando há vagas SUS disponíveis no hospital do município de origem do paciente, as casas de saúde estão autorizadas a realizar a internação própria. Caso não haja leito vago, o hospital realiza uma solicitação junto ao sistema do governo, que o encaminha conforme sua própria necessidade, levando em conta uma série de critérios”, explica. 

De acordo com a enfermeira, os critérios são estipulados com base nas condições de cada pessoa internada. Dessa forma, cada caso é analisado individualmente. “A equipe médica da central classifica o risco, através de informações sobre as condições clínicas, exames complementares e diagnóstico médico, e procura dentro da rede do SUS pelo serviço mais próximo que atenda às necessidades dela”, explica. “Já ocorreu inúmeras vezes de o Tacchini receber mais pacientes do que previa a quantidade de vagas contratadas pelo SUS. Isso ocorreu porque, de acordo com a avaliação dos profissionais de saúde envolvidos no atendimento, o processo de transferência poderia causar algum dano à saúde da pessoa”, complementa. 


 

A transferência pela Central de Regulação estadual vale, exclusivamente, para atendimentos pelo SUS. No caso de pacientes com plano de saúde, Caroline explica que a regulação é feita pelo próprio convênio, por meio do hospital. 

A enfermeira ainda ressalta que, da mesma forma que pacientes de Bento são transferidos para outras casas de saúde, moradores de outros municípios também são encaminhados para o Hospital Tacchini. 

Ocupação de leitos tem redução 

O Hospital Tacchini ampliou sua capacidade de internação neste ano, motivado especialmente pela pandemia do novo Coronavírus. Dessa forma, a instituição de saúde está atuando com 50 leitos de UTI adulto (10 exclusivos para a COVID-19), mais 10 UTIs pediátricas e 10 Neonatais. Entretanto, devido à pandemia, houve redução de, aproximadamente, 100 leitos de internação. Isso porque os pacientes com suspeita ou confirmação da COVID-19 devem ficar em isolamento, apenas com pessoas também já confirmadas com a doença. Antes, cada quarto podia abrigar até 4 pessoas. 

Mesmo assim, a taxa de internações tem apresentado redução em relação ao mesmo período do ano passado. Em junho de 2019, por exemplo, a ocupação total de leitos no Tacchini era de 76,65%. Em junho deste ano, o percentual caiu para 70,73%. A explicação é que, em função da pandemia, o hospital entrou em “estado de prontidão”. Ou seja, foram cancelados procedimentos eletivos, exames e tratamentos ambulatoriais, a fim de reduzir a ocupação. Dessa forma, o hospital abre espaço para atender demandas urgentes, como é o caso da infecção pelo novo Coronavírus. 

Ocupação do Tacchini

2019 
Quantidade de leitos: 289 

Março 76,08%
Abril 81,44%
Maio 81,44%
Junho 76,65%

2020
Quantidade de leitos: 188 (redução em função da necessidade de isolamento de pacientes com suspeita de COVID-19) 

Março: 59,26%
Abril: 54,66%
Maio: 73,22% 
Junho: 70,73%

Foto: Divulgação/Tacchini