Comunidade se mobiliza para auxiliar moradora a trazer família do Haiti para Bento

O Haiti foi mais uma vez castigado por fenômenos naturais severos. Na última semana, os moradores ainda se recuperavam do terremoto de magnitude 7,2 registrado no dia 14/08 e do ciclone tropical Grace na segunda-feira, 16/08, quando foram atingidos por mais um terremoto, dessa vez de magnitude 4,9. Com isso, o número de mortos subiu para mais de 2,1 mil. Ainda, milhares de pessoas ficaram desabrigadas, como é o caso da família de Magdala Damis, moradora de Bento Gonçalves desde 2018. 

Ela chegou ao município grávida do filho Kachemi, em busca de uma vida melhor para ela e sua família. Dois filhos, uma mulher de 21 e um menino de 10 anos, e o marido, ficaram no Haiti. Após enfrentar momentos de dificuldades no Brasil, Magdala conseguiu um emprego e uma moradia fixa em Bento, com a ajuda de pessoas como a estudante de psicologia Thaís Magagnin. Desde então, vinha mandando dinheiro para a família e guardando parte do salário, a fim de possibilitar a vinda deles ao país. 

Magdala estava conseguindo guardar um valor significativo, o que possibilitaria a viagem da família em alguns anos. Entretanto, com a situação atual dos filhos e do marido no Haiti, a vinda deles se tornou urgente. No total, é necessário um valor aproximado de R$ 30 mil para que os três possam chegar ao Brasil. Por conta dessa urgência, Thaís iniciou uma vaquinha virtual na semana passada, a fim de arrecadar o montante necessário. Até o momento, R$ 1.300 foram doados. “Magdala já tem algum dinheiro guardado para trazê-los, mas não está nem perto, pois com o salário que ganha, precisa pagar aluguel, sustentar ela e o filho e, ainda, mandar dinheiro ao Haiti”, relata Thaís na descrição da vaquinha.



Foto: arquivo pessoal
 

Desde sua vinda para Bento Gonçalves, Thaís criou um laço muito forte com Magdala e seu filho Kachemi, do qual se tornou madrinha. “Conheci Magdala em 2018 quando fazia estágio na Assistência Social na cidade de Bento Gonçalves. Ela passou fome, ficou sem moradia, teve dificuldade em conseguir trabalho e ainda assim batalhou para manter seu filho Kachemi, que atualmente tem quatro anos e ainda não conhece os familiares que ficaram no Haiti”, conta Thaís. “Magdala é uma das pessoas mais guerreiras que conheci e, por isso, peço encarecidamente a ajuda de todos para que ela possa trazer a família e conseguir que eles também vivam em condições dignas”, declara.

A vaquinha para auxiliar Magdala e sua família pode ser acessada clicando aqui.