• Naturepet Pharma
  • Vinícola Garibaldi
  • Posto Ravanello
  • Tacchini
  • Debianchi
  • Envase

Cultivo de caqui foi o mais prejudicado por granizo no fim de semana na região

  • Envase
  • Vinícola Garibaldi
  • Tacchini
  • Naturepet Pharma

A Emater/RS-Ascar realizou levantamento dos danos ocasionados à fruticultura e olericultura na região da Serra pelo granizo ocorrido no último sábado, dia 13, que atingiu Bento Gonçalves, Farroupilha, Garibaldi e Caxias do Sul.

O caquizeiro foi a cultura mais afetada. Com cerca de 70% da produção ainda a ser colhida, o granizo atingiu área de 225 hectares da plantação, ocasionando perdas de 2.145 toneladas, o que representa quase 25% da produção que ainda resta colher.

Em menor escala, o granizo atingiu ainda cinco hectares de quivi (conhecido como kiwi), danificando 65 toneladas, e 45 de maçã, prejudicando 625 toneladas.

Houve prejuízos também à plasticultura. A estrutura de cobertura plástica utilizada em frutíferas e olerícolas para protegê-las das intempéries não resistiu às pedras de gelo. A estimativa é de que 35 hectares tenham sido atingidos, o que, pelo custo elevado do sistema, que não tem seguro, apresenta prejuízos de quase R$ 2 milhões. O total de perdas, somando plasticultura e frutíferas, chega a mais de R$ 6,6 milhões.

Danos indiretos precupam

O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Enio Ângelo Todeschini, constatou que o granizo ocorreu fora do período tradicional, que é a primavera. Assim as perdas na produção só não foram mais intensas pelo fato de as principais espécies cultivadas na região atingida ou ainda não estarem implantadas, como é o caso da cebola e do alho, ou já terem sido na maioria colhidas. Ainda estão em colheita, nesta época, apenas caqui, quivi (kiwi), maçã fuji e tomate.

Todeschini também aponta como danos indiretos causados às culturas a perda da massa foliar das frutíferas justamente no período de acúmulo de nutrientes para suportar os rigores do inverno e possibilitar o início de brotação e florescimento após essa estação. Além de lesões nos ramos, predispondo à incidência de doenças e com perda de gemas para a safra futura. Outro transtorno devem ser os estragos em estradas vicinais e internas das propriedades.