Das 30 empresas de internet atuando em Bento apenas três estão regulares

A quantidade de cabos nos postes, especialmente, na área central de Bento Gonçalves há muito tempo vem sendo criticada pela população. Além de poluir visualmente as ruas e até comprometer a fachada de muitos estabelecimentos, o excesso de cabos também pode causar problemas elétricos. Pensando nisso, a prefeitura municipal fez um levantamento das empresas que atuam no fornecimento de internet na cidade e, juntamente com a RGE, verificou a situação das empresas. O resultado é impressionante: das mais de 30 operadoras de internet que atuam em Bento, apenas três (Netfar, Italnet e ViaSul) estão totalmente regulares junto à prefeitura e à companhia de energia elétrica. Entre as irregularidades estão a falta de alvará ou autorização da prefeitura (27 empresas) e a ausência de projeto na RGE (15 empresas).

Na última semana, a prefeitura convocou os representantes de empresas e estipulou um prazo até o final de outubro para que elas se regularizem. De acordo com o secretário de Mobilidade Urbana, Marcos Barbosa, o objetivo é identificar os problemas e trabalhar na solução, de forma amistosa. “Temos planos, especialmente na área central, de investir em fiação subterrânea em um futuro e melhorar a aparência nestas áreas. Para isso, precisamos identificar os donos destes cabos. Esse trabalho de identificação e regularização vamos seguir fazendo em toda a área urbana e rural do município”, explicou.


De acordo com Laise Grzebieluckas, consultora de Negócio da RGE, para estar regular na companhia é necessário apresentar um projeto dos pontos onde a fiação passará. “Nós identificamos diversas irregularidades técnicas, entre elas, a falta de identificação nos cabos, fiação ociosa – quando a tecnologia não está sendo mais utilizada e continua nos postes – altura irregular ou colocação em irregular – acima da luminária, próximo da baixa tensão ou abaixo da altura adequada”, explicou. 


A RGE e a prefeitura já enviaram as notificações para regularização e, caso os ajustes necessários não sejam realizados, pode ocorrer o corte dos cabos. “Após as notificações, a RGE envia para um comitê formado pela Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações] e Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica], que avalia a possibilidade da retirada do que está irregular”, explicou Laise.