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Em obra marcante, maestro e professor Geraldo Farina reúne suas experiências na bela Itália 

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Os longos meses de reclusão diante da pandemia da COVID-19 deixaram marcas profundas em pessoas de todo o mundo. Para lidar com o isolamento e o receio do contágio, cada um precisou buscar em si o refúgio necessário para driblar os tempos de incerteza. Em Bento Gonçalves, o maestro e professor de português aposentado Geraldo Farina decidiu aproveitar o momento para reunir todo conhecimento adquirido em sete viagens ao seu país do coração: a Itália. “Antes da pandemia, eu vivia uma rotina agitada, principalmente por conta dos corais. Com a paralisação de tudo, eu fiquei ‘meio louco’. Então decidi organizar o material que eu tinha das viagens e juntar tudo em um livro”, relata. A aventura em meio à escrita iniciou em maio de 2020 e, em outubro, a obra “Italia Bella – Viagens, memórias e reflexões” já havia nascido. 


Foto: Débora Zandonai
 

E apesar da dificuldade em encontrar patrocínio para o lançamento da obra, não faltaram braços amigos. Diante das negativas de alguns editais de financiamento, um grupo de amigos e admiradores da trajetória de Farina criaram a “Confraria Amigos do Livro”. A partir de doações de pessoas físicas, o escritor conseguiu bancar boa parte dos custos com a edição e complementou o restante com suas economias. 

Hoje, o livro de nove capítulos e mais de 200 páginas está pronto para ser oficialmente lançado no dia 22/10, em uma cerimônia marcada para as 19h no Restaurante e Churrascaria Zandonai, na Linha Leopoldina, no Vale dos Vinhedos. Na ocasião, a obra estará sendo comercializada pelo valor promocional de lançamento de R$ 40,00. As reservas podem ser feitas até o dia 20/10, pelo telefone (54) 3453 2872 ou pelo WhatsApp (54) 99973 6447.

Sobre o livro

A primeira viagem de Farina à Itália foi em 1988, quando ingressou em um curso de italiano. Nas demais seis aventuras ao país europeu, o então maestro esteve acompanhado de diferentes grupos de corais e também da família, quando viajou para conhecer melhor a história dos Rigo (sobrenome por parte de mãe) e dos Farina (sobrenome por parte de pai). Além disso, em 2007 permaneceu por mais de 40 dias na Itália acompanhado de sua esposa, quando pôde conhecer até as menores cidades do país, que ganhou o coração do então maestro desde sua primeira viagem.  


 

“Durante esses anos, pude acompanhar muitas das principais mudanças na Europa. Na primeira viagem, a moeda na Itália ainda era a lira. “Quando retornei pela terceira vez em 2007, o nosso Real quase equivalia a 1 Euro. Hoje está mais de R$ 6,00”, comenta. Além das mudanças econômicas, acompanhou o crescimento do turismo e do mundo moderno, sempre ligado às antigas tradições e aos elementos culturais, como o próprio canto. 


 

Mas foi na pandemia que Farina passou a refletir sobre as mudanças mais significativas do país. “Eu escrevi o livro lembrando das viagens que fiz e refletindo sobre como o país estava diante da pandemia, com todos aqueles lindos espaços sem turistas. Me transportei para lá, por isso o nome ‘viagens, memórias e reflexões’”, revela. Ainda, Farina se colocou no lugar dos italianos que sofreram gravemente com o colapso no sistema de saúde logo no início da pandemia. “A Itália foi a primeira que sofreu. Isso porque lá tem muitos idosos e eles são apegados à cultura da proximidade. Ver o sofrimento deles também me chocou bastante”, relata. 


 

Mais do que organizar o conhecimento adquirido em suas viagens, refletir sobre as mudanças dos últimos anos e durante a pandemia, o escritor incorporou na obra a crise existencial que passou a viver aqui, no Brasil. Em fevereiro, Farina foi acometido pela COVID-19 e o receio do agravamento do quadro trouxe novas visões sobre sua vida. “Então no último capítulo trato sobre esse período, da questão existencial. E o livro me ajudou bastante. Me deu um objetivo diante de um momento tão complicado”, ressalta.

Como resumo, o maestro e professor aposentado acredita que sua nova obra trará aos leitores um novo olhar sobre a Itália, sobre os impactos da pandemia no país europeu e também na vida dos brasileiros. “É uma grande reflexão para todos”, analisa.

Fotos: arquivo pessoal