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Esportivo voltará a campo apenas em 2016

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Um dos principais esforços de Luis Oselame, desde que assumiu a diretoria executiva do Esportivo, no final de 2011, foi manter o alviazul em atividade de janeiro a dezembro. Neste ano, no entanto, entre a escolha de concretizar este objetivo ou entregar o clube em dezembro com as contas em dia, o presidente optou pela segunda.

Oselame chegou a reunir-se com alguns investidores interessados em bancar jovens jogadores no clube, mas todas as propostas exigiam contrapartidas financeiras também do Esportivo, por isso tomou a decisão de fechar as portas até 2016. “Gostaríamos muito de jogar, apresentamos o orçamento para alguns investidores que estavam interessados, jogaríamos com uma equipe Sub-20 mesclada com atletas que estavam conosco no primeiro semestre. Mas o orçamento mensal, por menor que seja, tem alimentação, hospedagem, deslocamentos, despesas de profissionais, que não são poucos. Temos que preservar o clube, se a gente quiser entregar a direção para alguém, ou então dar continuidade a partir de uma pessoa da atual diretoria, não podemos entregar o clube endividado. Para jogar o segundo semestre, teria que haver um aporte de recursos externo, e não conseguimos”, conta.

Em 2014, o clube disputou as copas Serrana e Fernandão com uma folha mensal de aproximadamente R$ 25 mil. Oito jogadores que compuseram o elenco no segundo semestre do ano passado formaram a base do plantel para a Divisão de Acesso deste ano. O presidente lamenta, sobretudo, a ausência deste laboratório para a próxima temporada, mas reforça a prioridade: preservar a instituição. “Nós estamos em um clube de futebol, qual é a situação ideal? Jogar, ter continuidade, se não há futebol no segundo semestre, é aquela história, em janeiro vamos ter que montar um grupo do zero. Com uma equipe Sub-20 jogando agora, poderíamos tirar três, seis ou 10 atletas para compôr um grupo de 25 a 30 no próximo ano, ou seja, poderiam ser 10 chances a menos de errar, porque a chance de erro sempre existe, e a gente provou isso neste ano, infelizmente. Há uma frustração, vamos ficar sem este laboratório. O importante, no entanto, é não causar prejuízos ao Clube Esportivo, temos que preservar a integridade da instituição, não posso entregar o clube com problemas financeiros. O próximo presidente tem que receber da melhor forma possível, e não com mais problemas”, ressalta Oselame, que se por um lado não conseguiu comprir a principal meta da sua gestão, que era deixar o Esportivo na elite, por outro projeta outro tipo de legado, fora das quatro linhas. Em pouco mais de três anos, o clube quitou aproximadamente R$ 400 mil em dívidas, a maior parte relativa a ações judiciais. Além das despesas operacionais e folha de pagamento, sobraram, hoje, apenas as dívidas antigas com o Refis, que foram refinanciadas em 2009 e começaram a ser pagas no final de 2011 a parcelas de cerca de R$ 10 mil mensais. Elas perdurarão pelos próximos 15 anos, pelo menos, tempo necessário para quitar o montante de aproximadamente R$ 1,1 milhão. O balancete de 2014 apresentou déficit de R$ 12 mil, e o foco de Oselame, daqui para frente, estará voltado na tarefa de passar o comando do clube, em dezembro, com todas as contas em dia. “A ideia é essa. Claro que poderá ter alguma coisa ainda pendente. Em clube de futebol, volta e meia surgem dívidas antigas de FGTS, INSS, e a gente está trabalhando também nelas, porque isso é pesado, corrói o orçamento. A gente está trabalhando, fizemos alguns empréstimos e vamos quitá-los até o final do ano, está tudo programado para que termine algumas boas despesas, que a gente encerre algumas pendências jurídicas, nos programamos para isso. O nosso negócio é trabalhar visando o futuro do Clube Esportivo, porque, afinal, nós somos Esportivo e queremos o bem de quem for assumi-lo, seja alguém da nossa direção ou qualquer outra pessoa”, conclui.

 

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