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“Fraternidade e Educação” é o tema da Campanha da Fraternidade 2022

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Com o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor”, a proposta nacional foi detalhada em coletiva de imprensa com a presença do bispo da Diocese de Caxias do Sul, dom José Gislon, na manhã desta quarta-feira, 02/03

Imagem: Divulgação

Pela terceira vez desde que foi criada, em 1964, a Campanha da Fraternidade irá abordar a temática da educação. Em 2022 a proposta tem como tema “Fraternidade e Educação” e o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor”, retirado do livro dos Provérbios, capítulo 31, versículo 26, no Antigo Testamento. A iniciativa da Igreja no Brasil foi detalhada em coletiva de imprensa, na manhã desta Quarta-feira de Cinzas, 02 de março, com a presença do bispo diocesano de Caxias do Sul, dom José Gislon. Participaram ainda da entrevista o coordenador da Pastoral da Educação na Diocese, Edmundo Marcon e a pastorinha, Irmã Maria Brendalí Costa.

É compromisso de todos, a defesa, proteção, cuidado e resgate da vida. Para firmar e assumir na prática esta missão, a Igreja no Brasil promove a Campanha da Fraternidade, como forma concreta de viver a fé e a caridade em prol da construção de uma sociedade mais cuidadora e atenta. A proposta tem seu ponto alto junto à Quaresma, tempo que prepara para a Páscoa, que neste ano inicia em 02 de março.

Em 2022, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) dedica a Campanha à temática da educação e propõe uma reflexão especialmente para os fundamentos do ato de educar, através de um olhar atencioso à realidade educacional de nosso país e da consciência de que somos todos educandos e educadores. O tema já foi objeto de reflexão e ação eclesial em 1982 e 1998.

O objetivo geral da Campanha da Fraternidade 2022 é “promover diálogos a partir da realidade educativa do Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário”. Na prática, a CF busca orientar para que sejam dados passos com as devidas metas e avaliações, com a adoção de um projeto de vida como fonte para uma nova sociedade. Nesse sentido, o Pacto Educativo Global proposto pelo Papa Francisco, chama a atenção que educar é iniciar processos e é caminho para um novo humanismo.

De acordo com a introdução do texto-base, foi “a realidade de nossos dias que fez com que o tema educação recebesse destaque, um tempo marcado pela pandemia da COVID-19 e por diversos conflitos, distanciamentos e polarizações”. A CF 2022, mais do que abordar outro aspecto específico da problemática educacional, vai refletir sobre os fundamentos do ato de educar na perspectiva católico-cristã. Nessa perspectiva, a educação é compreendida não apenas com um ato escolar, com transmissão de conteúdo ou preparação técnica para o mundo do trabalho, mas de um processo que envolve uma “comunidade” ampliada que inclui todos os atores (família, Igreja, Estado e sociedade).

A Campanha da Fraternidade 2022 é impulsionada pelo Pacto Educativo Global, convocado pelo Papa Francisco. Na carta convocação ao Pacto, o Santo Padre apresenta elementos constitutivos de uma educação humanizada que contribua na formação de pessoas abertas, integradas e interligadas, que também sejam capazes de cuidar da casa comum já que a “educação será ineficaz e os seus esforços estéreis se não se preocupar também em difundir um novo modelo relativo ao ser humano, à vida, à sociedade e à relação com a natureza”, conforme explicitado na Encíclica Laudato Si’, 2016, nº 215.

De acordo com o bispo diocesano de Caxias do Sul, dom José Gislon, a realidade educacional no Brasil precisa ser olhada com atenção. “Toda a realidade da educação no nosso país precisa ser olhada com amor e ternura. O tempo da pandemia fez com que muitas crianças não frequentassem a escola e muitas famílias não têm condições de aderir à educação à distância pelos meios de comunicação. O Brasil, que tem um grande número de jovens, precisa sim de um pacto pela educação, que prepare as novas gerações para o futuro. Não seremos um país desenvolvido, se não olharmos com carinho toda a questão da educação”, salienta dom Gislon.

Ações – Na Diocese, a Pastoral da Educação e a Coordenação de Pastoral estão programando ações para o tempo quaresmal, como formações, palestras e webinários, além da realização de uma campanha de comunicação pelas redes sociais, nas quais serão mostrados exemplos da prática do lema da CF 2022. Na tarde da Quarta-feira de Cinzas, 02 de março, está programado um encontro virtual com as Secretarias Municipais da Educação, as Coordenadorias Regionais e equipes diretivas de escolas católicas. A atividade, pelo Zoom, terá a presença de dom José Gislon, do padre Paulo César Nodari, que é coordenador diocesano de Pastoral e da Irmã Ieda Tomazini, da Congregação das Irmãs de São José de Chambery.

Gesto concreto – A Campanha da Fraternidade tem como gesto concreto a Coleta Nacional da Solidariedade, realizada no Domingo de Ramos nas comunidades de todo o Brasil. Os recursos são destinados aos Fundos Diocesanos e Nacional da Solidariedade, os quais apoiam projetos sociais relacionados à temática da campanha. Em 2021, o Conselho Gestor do Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), da CNBB, apoiou 80 projetos, nos quais as entidades que se candidataram se comprometeram, entre outros aspectos, a prestar contas periódicas de sua efetivação e resultados.