Homem é morto por seguranças de hipermercado em Porto Alegre

A Brigada Militar atendeu ocorrência, na noite desta quinta-feira (19/11), no hipermercado Carrefour, no bairro Passo D'Areia, zona Norte de Porto Alegre. Um homem negro, identificado como João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, morreu após ser contido e espancado por seguranças do estabelecimento. Ele chegou a ser atendido pelo Samu, mas acabou morrendo no local. Os dois seguranças, um deles PM temporário, foram presos em flagrante e responderão por homicídio qualificado. 

Conforme relatos colhidos pela BM, a vítima discutiu com uma operadora de caixa do mercado. Ao se retirar do local, ele foi perseguido pelos seguranças, quando começaram as agressões.

Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram o homem sendo espancado com vários socos no rosto, ao deixar a porta do hipermercado. Ele chega a tentar revidar e grita para que deixem ele ir, mas acaba sendo derrubado no chão. Em outra gravação, pessoas questionam uma funcionária do mercado que está tentando impedir o vídeo. Ela justifica que os seguranças estariam apenas tentando imobilizar a vítima.


O registro policial indica que: "na tentativa de segurar o indivíduo, foi utilizada força demasiada acarretando na morte do homem". Os dois homens foram presos em flagrante. Conforme a BM, um deles seria policial militar temporário.

 

O Carrefour divulgou nota lamentando o ocorrido e informando que acompanhará o caso. Confira a nota na íntegra:


 

A Brigada Militar também divulgou nota repudiando o ato de violência:

"Imediatamente após ter sido acionada para atendimento de ocorrência em supermercado da Capital, a Brigada Militar foi ao local e prendeu todos os envolvidos, inclusive o PM temporário, cuja conduta fora do horário de trabalho será avaliada com todos os rigores da lei.

Cabe destacar ainda que o PM Temporário não estava em serviço policial, uma vez que suas atribuições são restritas, conforme a legislação, à execução de serviços internos, atividades administrativas e videomonitoramento, e, ainda, mediante convênio ou instrumento congênere, guarda externa de estabelecimentos penais e de prédios públicos. 


A Brigada Militar, como instituição dedicada à proteção e à segurança de toda a sociedade, reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos e garantias fundamentais, e seu total repúdio a quaisquer atos de violência, discriminação e racismo, intoleráveis e incompatíveis com a doutrina, missão e valores que a Instituição pratica e exige de seus profissionais em tempo integral."