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Instituído Centro de Operações de Emergências para acompanhamento da monkeypox no RS

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COE monkeypox SES 100822
Em reuniões periódicas, temas e ações para o enfrentamento da doença serão discutidos e deliberados – Foto: Divulgação SES

A Secretaria da Saúde (SES) realizou na quarta-feira, 10/08, a primeira reunião do Centro de Operações de Emergências (COE) para o monitoramento e acompanhamento da monkeypox no Rio Grande do Sul. O grupo reúne diferentes entidades e representações de áreas de gestão, de universidades e de áreas da saúde. A partir de encontros periódicos, temas e ações quanto ao enfrentamento à doença serão discutidos e deliberados.

Um dos pontos apresentados pela SES, por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), foi o trâmite em finalização para a publicação do plano de contingência. Com previsão de divulgação para os próximos dias, o documento será a referência para as ações do Estado e dos municípios. O objetivo é oferecer aos profissionais e gestores informações estratégicas de contenção, controle e orientações para lidar com a emergência.

Entre os que compõem o COE, além de áreas da SES, estão representantes de sociedades gaúchas de dermatologia, infectologia, pediatria, associação de medicina da família e comunidade, conselhos estaduais de enfermagem e de farmácia, Ministério Público, Conselho Estadual de Saúde, Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-RS), entre outros.

Estado emite alerta

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) publicou, nesta quarta-feira, 10/08, um alerta epidemiológico sobre a situação da monkeypox no Rio Grande do Sul. O documento reforça as medidas de vigilância epidemiológica a serem adotadas pelos serviços de saúde, tanto da rede pública quanto da rede privada, incluindo laboratórios e Vigilâncias Epidemiológicas municipais.

Entre as ações apontadas pela publicação estão a comunicação imediata dos casos suspeitos por parte dos profissionais de saúde às respectivas secretarias municipais de Saúde e à Secretaria Estadual da Saúde (SES); a coleta de amostras para confirmação diagnóstica em laboratório; rastreamento e monitoramento dos contatos do caso suspeito; e isolar o paciente.

Até o dia 09/08, haviam sido confirmados 29 casos no Estado, distribuídos em 14 municípios, e há 64 em investigação. No Brasil, até o momento, são 2.415 casos confirmados e foi declarada transmissão comunitária da doença (quando não há como definir uma cadeia de transmissão do vírus). A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência de Saúde Pública de Importância Internacional em 23 de julho.

Neste ano, é a primeira vez que a transmissão acontece em vários continentes, sem vínculo com viagens à África, região considerada endêmica, onde o vírus já circula há algumas décadas.

A doença

O quadro clínico do atual surto é caracterizado por sintomas de erupções cutâneas localizadas, por vezes em apenas uma parte do corpo. Não há, até o momento, relato de transmissão por assintomáticos ou em período de incubação (tempo entre o contágio e o início dos sintomas, que pode variar de 5 a 21 dias). A transmissibilidade se estende até a cicatrização completa das lesões.

O contágio acontece pelo contato direto com as lesões da pele ou com objetos contaminados. A transmissão também pode ocorrer por gotículas respiratórias em contatos próximos.

Por isso, todo caso suspeito dever ser isolado, realizado teste laboratorial e notificado. Na ausência de complicações ou fatores de risco (como imunossupressão ou gravidez), o isolamento pode ser cumprido em domicílio, com os devidos cuidados do paciente com os demais coabitantes. A duração deve ser até a queda das crostas da pele e cicatrização das lesões. Durante esse período, a vigilância do município permanece em contato com a pessoa para o monitoramento.

Profissionais da Atenção Básica podem contar com o suporte do Telessaúde-RS para orientações e discussão dos casos, pelo telefone 0800-644-6534 (destinado exclusivamente para profissionais da saúde). Mais informações também estão disponíveis no site da SES, em saude.rs.gov.br/monkeypox.