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Julho amarelo: mês de prevenção e controle das hepatites virais

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Por Vanessa Ferlin 
Gastroenterologista  
CRM-RS 29740

O mês de julho é dedicado à prevenção, controle e tratamento das hepatites virais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 400 milhões de pessoas no mundo estejam infectadas cronicamente pelos vírus das hepatites B e C. O grande desafio está no fato que, em sua maioria, são doenças silenciosas, que podem evoluir ao longo dos anos para complicações, em alguns casos levando o paciente ao transplante de fígado. Confira algumas informações que podem auxiliar você, familiares e amigos a esclarecer dúvidas sobre este assunto.

O que é hepatite viral? 
Hepatite é uma inflamação do fígado, que pode ter várias causas (medicações, álcool). A hepatite viral é uma doença em que o processo inflamatório é causado por um vírus. Em nosso meio as mais comuns são a hepatite A, a hepatite B e a hepatite C.

Como se contrai uma hepatite viral? 
As principais formas são através de relação sexual, uso de drogas injetáveis, exposição a objetos que tenham sangue da pessoa contaminada (lâminas, alicates) no caso das hepatites B e C. Já a hepatite A é transmitida por contato com a pessoa infectada, alimentos ou água contaminada. Por sorte, esse tipo raramente evoluiu com complicações e não cronifica, ou seja, após o período de doença evolui para cura espontânea e desenvolvimento de imunidade. 

Quais os sintomas? 
Na grande maioria das vezes são doenças silenciosas, mas na fase aguda pode ocorrer febre, dores no corpo, icterícia (amarelão), náuseas, vômitos e alteração dos exames do fígado. Na fase crônica, normalmente após seis meses da exposição, praticamente não há sintomas, o que pode levar a complicações futuras, como cirrose e câncer de fígado. 

Existe tratamento?
Para hepatite A o tratamento é apenas para amenizar sintomas, aguardando a recuperação total do quadro, não há medicação específica.  No caso da hepatite B o tratamento é necessário conforme o estágio e tem como objetivo manter a doença estável, impedindo sua progressão. Na hepatite C, todo portador da doença tem acesso ao tratamento, normalmente com duração de três a seis meses. A chance de cura é superior a 90%. Por isso, a importância de realizar os testes, detectando precocemente a doença. Tanto para portadores de hepatite B quanto C, o tratamento é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), independentemente se o paciente tem plano de saúde ou não. 


 

Como prevenir?
Como a hepatite A é transmitida por alimentos e pelo contato pessoal, a higiene é o principal meio de prevenção: lavar bem as mãos após ir ao banheiro e antes de comer, higienizar bem alimentos que serão consumidos crus. Já as hepatites virais B e C são transmitidas pelo sangue, por isso é importante não compartilhar objetos de uso pessoal, como giletes, escovas de dentes, utensílios de manicure, utilizar preservativos durante as relações sexuais e ter certeza de que materiais utilizados para fazer tatuagens e para a colocação de piercings são descartáveis. As vacinas, no caso das hepatites A e B, também fazem parte das ações de prevenção. Não existe vacina para hepatite C.

Como saber se tenho hepatite? 
Todas as hepatites virais são diagnosticadas por exames de sangue coletados em laboratório. No caso da hepatite B e C, o diagnóstico também pode ser feito através do teste rápido, disponível em postos de saúde, que requer apenas algumas gotas de sangue coletadas da ponta do dedo, semelhante ao teste para medir a glicose em diabéticos. O resultado fica pronto em poucos minutos. Se você nunca fez o teste, procure um posto de saúde ou solicite ao seu médico na próxima consulta de rotina.
 

Vanessa Ferlin – Gastroenterologista – CRM-RS 29740
Contato (54) 2621 5738 | 99149 2060
Rua José Mário Mônaco, 227
Centro Profissional Serrano, 10º andar, sala 1004
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