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Larvicida para combate ao Aedes aegypti segue em uso, exceto em água para consumo

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As ações de combate ao mosquito Aedes aegypti em Bento Gonçalves mantêm a aplicação esporádica do larvicida Pyriproxyfen. A utilização do produto foi suspensa pela secretaria estadual de Saúde (SES) apenas em depósitos de água para consumo humano, prática que já não era adotada no município. A decisão foi anunciada nesta semana e deve-se à hipótese de que a substância possa potencializar a má-formação cerebral causada pelo Zika Vírus, levantada pela organização médica argentina Physicians in the Crop-Sprayed Towns.

O Ministério da Saúde (MS) contesta e afirma que não existe nenhum estudo epidemiológico que comprove tal associação. Entretanto, destaca que a SES, como autoridade de saúde local, tem autonomia para utilizar o produto adquirido e distribuído pelo MS ou, se preferir, desenvolver estratégias alternativas. O secretário estadual, João Gabbar- do, afi rmou respeitar a posição, mas reiterou que a estratégia do Estado é de não usar o larvicida em água potável.

De acordo com a coordenadora do programa de combate ao mosquito causador da Dengue, Febre Chikungunya e o Zika Vírus no município, Analiz Zattera, o foco principal dos trabalhos é a eliminação dos criadouros, sem o uso de produtos químicos. O larvicida é aplicado apenas nos casos em que o depósito não pode ser eliminado, como chafarizes ou vasos de cimento, por exemplo. Também está mantida a aspersão de inseticida no quarteirão e adjacências da residência do pacientes com suspeita de uma das três doenças, como forma de exterminar possíveis mosquitos adultos.

Casos importados

Bento Gonçalves já registrou quatro casos importados de Dengue neste ano. Todos são homens com idades de 14, 33, 38 e 40 anos, respectivamente, moradores dos bairros Aparecida, Fátima, Maria Goretti e Santa Rita, mas que contraíram a infecção em outros estados do Brasil. O município ainda aguarda o laudo de um caso suspeito de Zika Vírus. Nenhum foco do Aedes aegypti foi encontrado neste ano – em 2015, foram nove.

Segundo dados do Serviço de Vigilância Epidemiológica, da secretaria municipal de Saúde, o primeiro caso de Dengue confirmado em Bento Gonçalves ocorreu em dezembro de 2001. Em 14 anos, foram registrados 33 casos, sendo que todos os pacientes eram viajantes (profissionais, caminhoneiros, empresários e turistas), que se infectaram em estados endêmicos. Desde 2011 o município é considerado infestado. A classificação obedece aos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde, e significa que foram encontrados focos fora das armadilhas monitoradas pela prefeitura.