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Modernizar para evoluir

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Modernização e conversão de algumas variedades de uvas é um assunto amplamente discutido no setor vitivinícola brasileiro. O que poucos sabem é que a inovação pode estar ao alcance das mãos, ou melhor, disponível para produtores da Serra Gaúcha.

Atualmente, são 15 mil famílias produtoras de uva no Rio Grande do Sul e cerca de 2,5 mil catarinenses com produção defasada, segundo Arnaldo Passarin, presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Viticultura, Vinhos e Derivados, segundo vice-presidente da Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi) e conselheiro do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). “Então, são aproximadamente 18 mil pequenos produtores que necessitam de um apoio do governo federal e estadual para modernizar a sua cultura”, aponta.

Existe, segundo ele, a necessidade de uma reconversão das uvas produzidas. “Já está bem claro que a Serra Gaúcha tem aptidão para cultivar uvas para a produção de espumantes, sucos e vinhos populares”, afirma. “No entanto, mesmo algumas variedades produzidas para estas finalidades encontram-se defasadas, porque foram plantadas com métodos diferentes dos atuais”, descreve. “Em locais onde a vitivinicultura iniciou há mais de 100 anos, o setor precisa modernizar a sua viticultura, com a plantação de variedades mais adaptadas a cada região, clima e à necessidade do comércio atual”, destaca Passarin.

Quer dizer, muitas parreiras plantadas há 40 ou 50 anos, não sofreram nenhuma melhoria. “A Embrapa consegue, hoje, produzir a mesma variedade com clones melhorados e livres de doença”, pontua. A ação traria melhor qualidade aos vinhos produzidos pela região hoje.

Levando em conta as características ambientais das regiões vinícolas do Sul do Brasil e as características do mercado brasileiro, a Embrapa Uva e Vinho desenvolve um programa de melhoramento genético com o objetivo de criar novas cultivares adaptadas à região, para a elaboração de vinhos de mesa. A Rede de Centros de Inovação em Vitivinicultura, integrante do Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec) – uma iniciativa do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) – é uma das ações do programa. Um dos objetivos da rede é, portanto, promover a inovação em processos e produtos, buscando o incremento de qualidade e da competitividade das empresas vitivinícolas brasileiras.

Atualmente, por exemplo, há variedades de parreiras produzindo, a cada safra, em menor quantidade e pior qualidade, porque a planta não é mais saudável. “Isso poderia ser revertido para que o vinho produzido aqui pudesse ser cada vez melhor, e, consequentemente, traria maior produtividade e rentabilidade aos pequenos produtores locais”, avalia Passarin. Assim, o setor vitivinícola acompanharia o ritmo mundial, segundo ele.

Andreia Dalla Colletta

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