Mudança de endereço do CRAS II e descentralização do Cadastro Único ampliam atendimentos

Com o objetivo de aproximar os serviços assistenciais dos seus usuários, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS II) mudou de endereço e o setor do Cadastro Único passou por um processo de descentralização, vindo a desenvolver suas atividades junto aos Centros.

Desde julho, o CRAS II, que antes estava localizado na travessa Pelotas, passou a atender na rua Luiz Giardini, no bairro Juventude. Com a mudança, o número de atendimentos no Centro aumentou 43,5%, passando de uma média de 115 pessoas atendidas até junho, para 166,5 atendimentos por mês. O CRAS é a porta de entrada para a política de assistência social e possibilita o acesso da população aos programas, serviços, benefícios e projetos da rede socioassistencial.

O processo de mudança foi planejado pela gestão da Secretaria de Habitação e Assistência Social (SEMHAS) e executado com a ajuda do coordenador Clóvis Prates. “Nosso objetivo era trazer o Centro para mais próximo da comunidade. A transformação foi total. Hoje, o usuário procura o serviço e as oficinas têm um grande número de participantes. Estou muito feliz por fazer parte desta mudança”, salienta.



DEPOIMENTOS

Questionados sobre a alteração de endereço, os usuários relataram que a experiência foi positiva. Eva Urbano Caetano, 62 anos, moradora do bairro Borgo, relata que o CRAS a auxiliou quando ela mais precisou. “Sempre trabalhei. Meu último emprego foi como cuidadora de idosos e me exigia bastante esforço físico. Com isso, tive um problema de saúde e precisei passar por uma cirurgia. Como não tinha idade para me aposentar, uma assistente social do Centro me informou sobre os programas e consegui receber o Bolsa Família. Aqui eles me ajudaram com o que precisei e encaminharam meus documentos para o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e Carteira do Idoso. Espero me recuperar logo para voltar ao trabalho”, diz.

Já Rosenilda da Silva Vargas, moradora do bairro Municipal, utiliza os serviços há cerca de 11 anos e passou por vários projetos assistenciais. “Sempre criei meus filhos sozinha. Passei por um período de dificuldades e foi aí que conheci os serviços. Primeiramente, me inscrevi no Cadastro Único e comecei a ganhar o Bolsa Família. Depois, fiz um curso profissionalizante em costura, no Pronatec, com o que trabalho hoje em dia. Hoje em dia, meus filhos frequentam o Ceacri Carrossel da Esperança”, conta.

A filha de Rosenilda, Brenda Manuela Vargas, também foi beneficiada por iniciativas, participando do Projeto Sonhos de Menina Moça no ano passado e de palestras sobre o mundo do trabalho, regras de etiqueta e elaboração de currículos, ministradas pelo Programa Acessuas Trabalho. Ela também foi encaminhada a uma vaga de emprego por meio do programa Jovem Aprendiz.


Para a coordenadora da unidade, Eduarda Gafforelli, as atividades têm envolvido os moradores. “Estamos disponibilizando muitos grupos, oficinas e atividades que chamam o público. Noto que o território do CRAS II tem muitas vulnerabilidades e é com essas famílias que precisamos trabalhar. Com a mudança de endereço, estamos mais próximos de quem mais utiliza os nossos serviços”, destaca.


Cadastro único

O setor de Cadastro Único, que estava centralizado na Osvaldo Aranha, passou a funcionar nas três unidades dos CRAS, facilitando o acesso aos programas e benefícios sociais. O número de atendimentos no setor também apresentou um aumento de 49,5%. Por meio do Cadastro Único, os usuários podem acessar programas e benefícios sociais como: Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Carteira do Idoso, Cursos profissionalizantes, Benefício de Prestação Continuada (BPC), entre outros.

“A questão da localização é muito importante, pois facilita o acesso. Com o Cadastro Único no mesmo local que o CRAS, o usuário resolve todas as questões em nível de assistência em um mesmo lugar. Percebemos pelos números que, a cada mês, eles estão usando os Centros cada vez mais”, pontua a coordenadora do setor em Bento Gonçalves, Adriane Lazzarotto.

“É muito gratificante ver que com a mudança de endereço e a descentralização do Cadastro Único, que aproximaram o serviço da nossa população. O número de atendimentos aumentou significativamente. Isso demonstra que estamos alcançando o que é o objetivo dos nossos serviços, que é estar à disposição e atender quem dele mais precisa”, ressalta Milena Bassani, titular da secretaria de Habitação e Assistência Social (SEMHAS).


 


 

Quem pode se inscrever no Cadastro Único?

O Cadastro Único é um instrumento de identificação e mapeamento das famílias de baixa renda, no qual são registradas informações diversas, como identificação das pessoas, escolaridade, situação de trabalho e renda e características da residência. O setor subsidia a organização de serviços, programas e projetos de interesse social que possam trazer mais qualidade de vida à população.

Podem se cadastrar:

– Famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa
– Famílias com renda mensal total de até três salários mínimos
– Famílias com renda maior que três salários mínimos, desde que o cadastramento esteja vinculado à inclusão em programas sociais nas três esferas do governo