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Opinião: Comportamento alimentar em tempos de pandemia

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Estamos vivendo um momento atípico e isso está influenciando nas escolhas alimentares. O que se observa é um aumento no consumo de alimentos devido à ansiedade das pessoas. Elas estão comendo mais e se exercitando menos. Ao mesmo tempo, percebe-se que há um aumento no preparo das refeições em casa, o que é muito positivo. 

A conexão entre comida, emoções e comportamentos é muito forte e complexa, mas é preciso aprender a encontrar maneiras de se confortar, nutrir, distrair e resolver os problemas e emoções sem usar a comida. Uma relação de desequilíbrio ocorre quando a comida é usada para “tapar buracos” emocionais ou lidar com problemas que nada têm relação com ela. Nesse caso, falamos em um comer emocional, o comer que é usado na tentativa de regular emoções, no momento, a ansiedade. Criar opções alternativas à busca da comida por razões emocionais também é útil, como tomar um bom banho, ouvir música, fazer aula de ioga, meditação, comprar flores ou ver um filme. Quando não for possível evitar o comer emocional, deve-se olhar a experiência como um aprendizado, e não como uma falha. 

Em relação às escolhas dos alimentos, é importante explicar que nada é proibido. Temos, sim, que comer com consciência. Bolo, biscoito e torta, por exemplo, podem fazer parte de uma alimentação saudável, desde que sejam feitos com ingredientes de verdade, não misturas industrializadas. É possível comer uma pizza em paz? Sim, desde que a maioria das refeições seja composta de alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados. Dar preferência para água, leite e frutas, no lugar de refrigerantes, bebidas lácteas e biscoitos recheados; não trocar a “comida feita na hora” (caldos, sopas, saladas, molhos, arroz e feijão, massa, refogados de legumes e verduras) por produtos que dispensam preparações culinárias (sopas de pacote, macarrão instantâneo, sanduíches, frios e embutidos, maioneses e molhos industrializados, mistura pronta para bolo) e optar por sobremesas caseiras, dispensando as industrializadas. 

Muito se fala em aumento da imunidade através da alimentação. Deve ficar claro que uma má alimentação é prejudicial à saúde de qualquer pessoa, em qualquer momento da vida. Em relação à imunidade, a alimentação tem forte influência. Mas vale destacar que não existe alimento superpoderoso, shot imunizador, que aumente a imunidade da noite para o dia. Nenhum alimento isolado faz milagre. A dica é uma alimentação variada, equilibrada, colorida, baseada em alimentos in natura e minimamente processados (frutas, verduras, arroz, feijão, cereais, carne, leite, ovos), dando sempre preferência aos cereais integrais e às preparações não fritas. 

O ideal é que essas mudanças positivas que vieram com a pandemia, como o aumento do preparo das refeições em casa, sempre aliado à escolha correta dos alimentos, se preservem para além desse momento.