PPCI gera grande demanda em Bento
Na avaliação do comandante do 2º Subgrupamento de Combate a Incêndio (2º SCI) de Bento Gonçalves, capitão Sandro Carlos Gonçalves da Silva, embora a demanda para análise dos Planos de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) tenha aumentado, as ações desenvolvidas na cidade têm se mantido dentro dos prazos. O Corpo de Bombeiros trabalha com o período de 60 dias para a análise dos projetos e outros 30 dias para realização das inspeções – a agilidade no trabalho, entretanto, depende muito das adequações que necessitam ser feitas.
Como muitos locais ainda mantêm os planos anteriores à chamada Lei Kiss, sancionada no final de 2013, os proprietários ainda procuram a corporação para atualizar os documentos. “Esse plano chegando o mais adequado possível à nova legislação, vem uma vez só para os Bombeiros e é aprovado. Se tiver incorreções, o que acontece na maioria dos casos, pela complexidade do sistema, ele tem que retornar mais de uma vez. Isso faz, sim, com que ele entre de novo na fila para ser examinado, então dá uma ideia de que o tempo de espera é muito grande”, explica o comandante.
Todos os locais onde são realizados eventos no município precisam ter a liberação do Corpo de Bombeiros e isso só é feito mediante comprovação que a área ofereça total segurança aos frequentadores. Silva afirma que muitos lugares operam sem o PPCI. “Isso não quer dizer que o local esteja irregular a ponto de ser interditado. A nova legislação deu alguns prazos para que esses planos sejam regularizados”, esclarece.
De acordo com o capitão, apesar de alguns lugares terem o plano, eles precisam ser vistoriados frequentemente. “Cada vez que tiver um evento grande, um show, uma feira, embora esteja com o PPCI em dia, o local precisa ser atualizado para as características daquele evento. O que precisa ficar claro é que a questão operacional tem que estar funcionando para obter a liberação”, alerta.
Silva confirma que alguns casos são levados ao Ministério Público (MP) para que sejam analisados e, conforme necessidade, seja confeccionado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Em situações assim, o objetivo é avançar para que se consiga a aprovação do projeto e inspeção, garantindo a prevenção.
O perigo é constante
Ter o PPCI aprovado e o alvará pendurado na parede não é garantia de que o local esteja fora de qualquer perigo. Para o comandante, o mais importante é manter a constante manutenção. Além de ter todo o equipamento em perfeita condição de uso, a corporação lembra da importância de se ter profissionais treinados, dentro dos estabelecimentos, como brigadas de incêndio e bombeiros civis. “Ter o sistema colocado e não ter ninguém que saiba operá-lo é mesma coisa que não ter. Então, cai por terra todo o desgaste de aprovar um plano e ter o alvará. Se não tiver essa manutenção constante por um profissional que saiba utilizá-lo, não vale de nada”, acrescenta.
De acordo com Silva, os sistemas anti-incêndio são para a primeira ação de combate, momento no qual se pode minimizar os estragos que as chamas podem provocar. “É quando a gente pode ganhar tempo e também salvar tanto a parte humana quanto a de materiais e equipamentos. Hoje, nós vivemos em uma cidade que possui muitas indústrias, prédios altos e tudo isso propõe situações de risco. Nós temos que minimizá-los colocando sistemas que previnam”, aponta.
Nova ferramenta
A comunidade de Bento Gonçalves ganhou, nesta semana, mais uma ferramenta para contato com o Corpo de Bombeiros no município. Interessados em ter mais informações tanto da área operacional quanto técnica já podem acessar o endereço www.bombeirosmilitaresembento.com.br. Conforme o capitão, a população poderá também realizar solicitações através da internet. “Serve para ter um contato mais próximo com a comunidade, para repassar informações tanto da área operacional – de cursos, eventos e dicas de prevenção – quanto da área técnica de prevenção de incêndio. As pessoas poderão encontrar todos os anexos dos documentos e até mesmo um canal direto com o Corpo de Bombeiros para fazer solicitações e informações necessárias”, finaliza o comandante.
Reportagem: Jonathan Zanotto
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