RS assina memorando de entendimento para produção de hidrogênio verde

A utilização de hidrogênio verde vai ao encontro do compromisso assumido pelo RS de neutralizar as emissões de carbono no estado em 50% até 2030

 Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini

O governo do Estado e a empresa White Martins assinaram, nesta terça-feira, 14/12, no Palácio Piratini, um memorando de entendimento para implementação do programa Hidrogênio Verde – Construir e desenvolver energias renováveis no RS.

O RS tem empreendido estudos para fazer uma transição para descarbonização por meio do uso do hidrogênio verde, criando um novo ramo na matriz econômica de alta tecnologia e valor agregado. O Estado já opera com 80% da energia de matriz renovável, sendo cerca de 20% de energia eólica, cujo potencial de expansão ainda é grande.


Sendo assim, a utilização de hidrogênio verde vai ao encontro do compromisso assumido pelo RS de neutralizar as emissões de carbono no Estado em 50% até 2030, meta assumida também pelo Brasil no Acordo de Paris. Em novembro deste ano, o governador Eduardo Leite esteve na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia, para reafirmar o compromisso do Estado.

A White Martins é uma empresa multinacional que atua no mercado de fabricação de gases industriais e medicinais. O interesse no RS se dá pela grande oferta de recursos naturais, que possibilitam a geração de energia “carbon free”.

O objetivo do memorando é possibilitar que o Estado e a White Martins identifiquem as possíveis ações de cada um para mapear as oportunidades e as ações necessárias, de acordo com normas legais que as regem, a fim de oportunizar a construção e a operação de uma planta industrial de hidrogênio verde e amônia verde (com energias renováveis) no RS.

O local visto como uma opção para receber o projeto é o porto do Rio Grande, em Rio Grande. É o maior distrito industrial do RS, com 2.580 hectares, retroáreas disponíveis, posição estratégica e privilegiada, que apresenta sinergia com cadeias produtivas. Além disso, tem vantagens logísticas, como escoamento da produção e recepção de matérias-primas. Em 2019, o fluxo foi de mais de 3 mil navios.

O documento foi assinado pelo governador Leite, pelos secretários Artur Lemos (Casa Civil), Juvir Costella (Logística e Transportes), Luiz Henrique Viana (Meio Ambiente e Infraestrutura) e Joel Maraschin (adjunto do Desenvolvimento Econômico), pelo superintendente da Portos RS, Fernando Estima, e pelos representantes da White Martins, Mário Simon e Guilherme Casaes Ricci Leite (diretor de Negócios).