Sem as tradicionais festividades nos CTGs e piquetes, famílias se organizam para comemorar Dia do Gaúcho em casa.
“Houve um tempo em que esperávamos ansiosos pelos jantares e fandangos de sábado e desde março, tudo mudou. Não conseguimos mais nos reunir com ‘los fandangueiros’ e dançar uma boa marca gaúcha.
Mas apesar do distanciamento imposto pela pandemia, os gaúchos do ano inteiro não deixam de celebrar a cultura do Estado. O movimento tradicional precisou ser modificado e precisamos nos adaptar. A tecnologia digital nos proporcionou isso, através de lives, seguimos acompanhando nossos artistas e assim seguiremos neste final de semana. A ABCTG preparou transmissões ao vivo para comemorar o mês de setembro e estamos acompanhando. O churrasco do dia 20 vai ter que ser restrito à família, mas a boa música gaúcha, com certeza não irá faltar”, Bruna Zorzi e Alexandre Zattera
“Vamos matar a saudade do CTG tomando um bom chimarrão, vestindo nossa pilcha e dançando em casa. Quem diria que um vírus iria nos afastar da nossa querência amada. É triste não podermos nos reunir e nos abraçar. A cada dia que passa temos mais saudades dos ensaios, dos rodeios e dos festejos. Como era bom ver todo mundo reunido”. Marielly, Mauricéia, Cristiano e Eduardo Tomazzini
“Claro que na Semana Farroupilha lembramos ainda mais das nossas raízes. Mas ser gaúcho pra mim é todo o dia. Música é o que se encarrega disso, os shows estão voltando e andar pilchado é traje normal. Um assado então, nem se fala, sai uns dois, três churrascos por semana. Os bailes ainda não voltaram, mas de casa se pode fazer muito, tomar um bom mate, um churrasco e assistir a uma boa live gaúcha. Essa é minha Semana Farroupilha”, Jeferson Carelli
“Gosto e me identifico com a cultura gaúcha. Sou cantor e compositor – toco gaita, piano e gaita ponto. Já tenho quatro músicas gravadas. Adoro participar de rodeios e já conquistei muitos troféus. Todos os anos tenho participado ativamente do festejos farroupilhas, com apresentações em escolas, CTGs e acampamentos. Com os cancelamentos, a celebração deste ano vai ser assistindo e participando de eventos on-line e apreciando um churrasco em família”. Ricardo Adriano Noskoski, o Rick Gaiteiro
“Temos que nos reinventar para manter a chama do tradicionalismo acesa. Como a maioria das atividades artísticas e culturais estão ocorrendo de forma online, com lives e vídeos de apresentações dos dançarinos em suas casas, nosso CTG (Laço Velho) está programando novidades, como a ‘Sexta Farrapa’, que comercializará pratos típicos da nossa culinária gaúcha para as pessoas retirarem no local e matar a saudade dos nossos eventos. O Laço Velho faz parte do que sou e de minha vida tanto pessoal quanto profissional. É como se fosse minha segunda casa, pois é onde passo maior parte do meu tempo. Estamos otimistas que toda esta situação se normalize para que em 2021 possamos retomar com todas as nossas atividades e estarmos novamente reunidos com nossa família tradicionalista”.
Sérgio De Toni e Marilene Tomasin De Toni