Tumulto em aeroporto do Afeganistão deixa mortos e feridos
Após o Taleban reassumir o controle do Afeganistão, um tumulto no aeroporto de Cabul deixou ao menos dez mortos nesta segunda-feira, 16/08, quando uma multidão tentava embarcar em aviões para deixar o país. O grupo invadiu a pista de decolagem e pessoas se penduraram em aeronaves em movimento, mostram vídeos em redes sociais.
Por causa do tumulto, os EUA interromperam temporariamente os voos de retirada de pessoas de Cabul, capital do Afeganistão, segundo uma autoridade americana à agência de notícias Reuters.
De acordo com um repórter do canal de notícias afegão TOLOnews, pessoas morreram após se esconderem em uma das rodas e na asa de um avião e caírem em telhados de casas. Vídeo publicado nas redes sociais pelo jornal “The New York Times” mostra a correria da multidão para chegar à pista do aeroporto e o momento em que um avião que se prepara para decolar fica cercado de pessoas tentando fugir do país.
O jornal americano “The Wall Street Journal” afirma que três foram mortas a tiros. A agência de notícias Reuters cita relatos de testemunhas de que cinco pessoas foram mortas, sem dizer se as vítimas foram atingidas por disparos de armas de fogo ou pisoteadas durante a confusão.
As pessoas estão tentando deixar o país após o Taleban tomar a capital Cabul e voltar ao poder depois de 20 anos. O presidente fugiu do Afeganistão e o palácio presidencial foi tomado no domingo, 15/08. Os voos comerciais foram cancelados e apenas viagens militares ocorrem no local. "Por favor, não venha para o aeroporto", disse uma autoridade do aeroporto.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra duas pessoas caindo de um avião militar norte-americano C-17 que acabava de decolar do aeroporto de Cabul, capital do Afeganistão, nesta segunda-feira, 16/08. O número de vítimas não foi confirmado pelas autoridades. Milhares de pessoas, tanto afegãos quanto estrangeiros que buscavam deixar o país, tomaram a pista do aeroporto desde domingo. Eles tentavam escapar do grupo que voltou ao poder em uma ofensiva relâmpago de dez dias, após quase duas décadas de intervenção norte-americana.
Fonte: Agência Estadão, REUTERS, AP e AFP.