UPA exigirá “manutenção quase diária”

Foram quatro anos de espera e, destes, pelo menos dois com o prédio da nova Unidade de Pronto Atendimento 3 (UPA 3), no Botafogo, dependendo de apenas 2% da obra para a conclusão. O local foi aberto para atendimentos à população bento-gonçalvense na última quinta-feira, dia 18. “Esse prédio estava realmente 98% pronto, mas também com 98% de problemas”, afirma o assessor de gabinete da secretaria municipal da Saúde (SMS), Jaime Galvani.

Ao longo da semana, a prefeitura promoveu diversas visitas de grupos ao novo posto, iniciado na gestão de Roberto Lunelli e concluído na administração de Guilherme Pasin. Antes de passar pelos corredores para apresentar uma a uma as salas que receberão de 350 a 400 pacientes por dia, Galvani – acompanhado do prefeito, do secretário Roberto Miele e do coordenador médico da SMS, Marco Antônio Ebert – fez uma breve explanação da situação em que o local foi encontrado após uma longa paralisação na construção, que resultou no fim do contrato com a empresa que iniciou o empreendimento.

Segundo o assessor, erros no projeto exigirão que o prédio da UPA, embora novo, tenha cuidados redobrados permanentes. “Essa obra vai demandar um alto custo de manutenção. E terá que ser uma manutenção quase diária”, destaca. Um dos principais problemas diz respeito à umidade – entre os alicerces e o piso da edificação não houve impermeabilização, por exemplo.


Outras situações também necessitarão de atenção especial: algumas portas de acesso à consultórios não foram planejadas para a passagem de cadeirantes e não puderam ser alteradas por limitações da própria estrutura. Também por falha no projeto, ainda não há água quente no local. Na avaliação de Pasin, o grande problema no início da obra foi o fato de a prefeitura ter contratado uma empresa terceirizada para fiscalizar o andamento dos trabalhos. “Toda reforma que tivermos que fazer é como uma construção dobrada. Mas vamos buscar os ressarcimentos administrativos e judiciais”, garante o prefeito.

Enquanto a UPA 3, que contará com uma equipe médica de cinco clínicos gerais e dois pediatras em tempo integral, não for homologada pelo Ministério da Saúde como referência regional para os casos de urgência e emergência, o foco principal dos atendimentos será a comunidade local. Com a expansão da área de abrangência para cidades vizinhas, parte do custo mensal para funcionamento da unidade, que no total deve ser de R$ 1,3 milhão, será dividido entre os municípios.

Reportagem: Jorge Bronzato Jr.

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