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UPA pode atingir limite nos próximos dias, alerta coordenador

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A Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h), localizada no Complexo Hospitalar de Saúde, no bairro Botafogo, passou a ser a estrutura central para novos atendimentos em Bento Gonçalves. Isso porque o Hospital Tacchini entrou no temido “colapso” no sábado, 06/03, ou seja, não há mais estrutura para receber novos pacientes. Em todo o Rio Grande do Sul, a cena se repete. Sem vagas no hospital da cidade e em qualquer outra instituição de saúde do estado, a prefeitura de Bento passou a instruir a população para que procure apenas a UPA 24h para qualquer tipo de atendimento. O problema é que a estrutura da unidade também está praticamente lotada. “Se continuarmos nessa velocidade, a UPA vai entrar no seu limite nos próximos dias”, alerta o coordenador médico da unidade, Amauri Vargas. “Aqui está um caos e em todo o estado também. É um pico que ninguém esperava”, desabafa.


 

No início da pandemia, Bento Gonçalves estruturou novos leitos de isolamento na UPA temendo o momento atual. Por conta da boa capacidade de atendimento, o coordenador médico analisa que houve uma tranquilidade perigosa de toda população. “Pessoas seguindo sua vida normalmente, nas calçadas, no trânsito… a população tem saído como se nada estivesse diferente. A realidade nas ruas está incoerente com a realidade do sistema de saúde”, lamenta.  

Diante do relaxamento das medidas de prevenção e da possível circulação de uma nova variante do vírus na cidade, a UPA registrou na semana passada 38 pacientes internados, sendo quatro utilizando respiradores. Isso, em um momento em que o Tacchini ainda recebia pacientes. No total, a estrutura conta com 40 leitos clínicos, oito mini leitos de UTI e sete respiradores. “Estamos caminhando para a saturação do número de equipes. Tacchini ultrapassando sua capacidade, UPA já chegando ao seu limite… estamos acima da bandeira preta no nosso sistema de contingenciamento, reestruturando todo dia a UPA para caber mais pacientes”, conta.


 

O coordenador ainda alerta que a nova cepa tem acometido pacientes mais jovens e sem comorbidades. “O ano de 2021 está muito pior. É preciso que a população se conscientize disso, diferente do que tem acontecido nas ultimas semanas, porque se continuar nessa velocidade, podemos colapsar”, ressalta Vargas.

Por fim, o coordenador médico pede que a população apenas procure a UPA em caso de emergência e de sintomas da COVID-19. “Em caso de suspeita, é preciso procurar o atendimento precocemente. E em caso de queixas mais leves, não procurar a UPA nos próximos dias. A gente está tendo ainda muita procura e isso acaba expondo a população ao Coronavírus”, pontua.

Fotos: Divulgação/UPA 24h